No encontro com Gabriel Boric, presidente chileno, Lula assinou acordos bilaterais de integração entre os dois países. O Chile é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com mais de doze bilhões de dólares em negociações anuais.
A visita da comitiva brasileira ao Chile se encerrou com o lançamento da pedra fundamental do Centro Espacial de Santiago. Lula também participou de reuniões com dois ex-presidentes chilenos e de um fórum com empresários do país. Durante o encontro, o governo brasileiro assinou 19 acordos bilaterais, entre eles: um plano para facilitar o fluxo de turistas, um termo de cooperação técnica para certificação de orgânicos e o reconhecimento recíproco das carteiras de habilitação. O Chile é destino de grande parte das exportações de petróleo, carne bovina e automóveis.
Gabriel Boric : “Temos a convicção que essas cifras podem continuar crescendo.”
Na declaração à imprensa, Lula destacou a importância da união entre as nações da América Latina e a necessidade de enfrentar juntos os desafios climáticos. Lula afirmou: “Os incêndios de 2023 no Chile e as enchentes deste ano no Sul do Brasil põem em xeque o negacionismo climático e reforçam a necessidade de cooperação. A proposta chilena de estabelecer um mecanismo regional de resposta a desastres conta com nosso respaldo.”
A boa relação comercial entre Brasil e Chile diverge das opiniões políticas. Gabriel Boric rejeitou o resultado das eleições na Venezuela e viu os diplomatas chilenos serem expulsos do país. Já o governo brasileiro adotou uma postura mais branda. Lula não tomou posição e pediu a apresentação das atas das eleições venezuelanas. Lula disse: “O respeito pela tolerância, o respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre o governo e a oposição.”
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